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quarta-feira, 23 de março de 2011

Ás de Ouros - Capítulo 6 [6]

No escritório, Edson e Silvia ainda discutiam sobre o quão empolgante este caso pode ser.

– Até Carlos, que não costuma se empolgar com nenhum caso, admitiu que essa é a investigação mais excitante da vida dele! – exagerou Edson.

– Ele não disse nada parecido com isso! – argumentou Silvia.

E a discussão prosseguia.

Carlos ouviu o seu nome ser mencionado, mas não queria entrar na conversa e foi direto para Marcone, que agora examinava de perto a escrita em sangue na parede.

– Encontrou mais alguma coisa que possa nos ajudar? ­– perguntou Carlos, sem muita esperança.

– Não – respondeu Marcone. – está tudo muito limpo. Como se fosse tudo friamente calculado.

– Você sabe que eu não acredito em “tudo friamente calculado”.

– É, você sabe o que eu quis dizer...

– Esse assassino deixou passar alguma. Ele teve que improvisar algo. Nem que seja na hora de arquitetar o crime.

– Pelo menos aqui, eu acredito que nós não vamos encontrar mais nada que possa ajudar.

– Então, está na hora de irmos. Não vamos conseguir fazer mais nada cansados e com sono.

Carlos virou-se para Silvia.

– Silvia, você já coletou tudo o que precisa?

– Sim, senhor – respondeu Silvia, batendo em sua sacola.

– Perfeito – Carlos fazia um legal com a mão para perita. – Agora eu gostaria que você tirasse fotos de todo o escritório, não apenas das partes mais relevantes ­– pediu Carlos. – E, por favor, dê um destaque maior à estante de livros.

– Perfeito – agora Silvia consentia também fazendo um legal com a mão.

Carlos saiu do escritório, seguido por Edson e Marcone, enquanto Silvia começava a bater as fotos que Carlos havia solicitado.

Na sala, havia dois policiais conversando na porta de entrada e Olavo estava sentado no sofá chorando. Carlos se aproximou dele.

– Sr. Olavo, essa é a minha equipe e nós já fizemos tudo o que podia ser feito aqui. Colhemos provas e informações para nos ajudar a resolver o caso. Agora partiremos para as investigações internas. Acredito que em breve descobriremos o culpado para que a sua família possa ter a justiça que merece.

– Justiça? – questionou Olavo. – Nenhuma justiça trará o meu irmão de volta.

– Nós sabemos disso. Mas acredite, prendermos o assassino fará você e sua família se sentirem melhor.

Carlos não esperou alguma resposta de Olavo e foi em direção a porta. Assim que ele saiu da casa, ele parou e fez um muxoxo.

– Só me faltava essa...

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